Vírus: ser vivo ou não vivo?

 Em mais uma colaboração da nossa colega Profa Roseráira, agora vamos tratar de uma pergunta permanente para a ciência. Como a menore unidade morfofuncional de todo ser vivo é a CÉLULA, então o que dizer dois vírus, que são ACELULARES?

A professora Rosenáira responde. Boa leitura!


Olá, pessoal, tudo bem?

Atualmente, por conta da pandemia, muito tem se falado sobre os

vírus, certo? Por causa deste tema recorrente fiquei me perguntando

se o vírus seria um ser vivo…. O que vocês acham?

Pois bem, existe uma certa divergência entre os cientistas sobre os

vírus serem ou não um ser vivo. Isso ocorre pelo fato dos vírus

serem acelulares, ou seja eles não possuem nenhuma célula, mas

têm um RNA ou DNA (material genético) e possuem a capacidade

de evoluir, como pode ser observado com as notícias do

aparecimento de novas cepas do coronavírus. 

Para melhor entender esta discordância devemos saber o que são

vírus e quais as características necessárias para algo ser considerado

vivo pela ciência.

Então, de acordo com a ciência as características que estabelecem

um ser vivo é:


  • a presença de uma estrutura celular;

  • a composição do corpo por hidrogênio, carbono, oxigênio,

  • nitrogênio, enxofre e fósforo;

  • apresentar metabolismo; 

  • ser capaz de crescer; 

  • ter a capacidade de reagir a estímulos externos; 

  • se reproduzir; 

  • ser capaz de transmitir material genético, ou  seja, possuir

  • DNA ou RNA;

  • e estar sujeito a mutações.


Já os vírus, são acelulares, e por isso são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, eles dependem completamente das células para se reproduzirem; eles não possuem metabolismo próprio independente do hospedeiro, pois não possuem ribossomos ou outras estruturas capazes de produzir proteínas.

Sua estrutura básica é formada por algum tipo de ácido nucleico (RNA ou DNA) e um  envoltório feito de proteína.Então, a partir das características dos seres vivos e do conceito de vírus, percebemos que os vírus e os seres vivos possuem poucas coisas em comum, não é mesmo? Porém estas características são as que fazem os cientistas entrarem em divergências, porque a classificação dos vírus em ser vivo ou não vivo depende da percepção sobre o que os cientistas entendem do que é vida. De um lado, há cientistas que acreditam que, para ser classificado como ser vivo, é necessário que o ser seja capaz de se reproduzir, de importar energia e nutrientes do ambiente, além de possuir metabolismo próprio, o que os vírus não possuem, por isso para esses cientistas os vírusdeveriam ser considerados “partículas infecciosas”, ou seja, um ser não vivo. Porém, do outro lado há os cientistas que acreditam que o fato dos vírus necessitarem de células para apresentarem metabolismo não os desclassifica como seres vivos, pois tudo que é vivo depende da interação com outros seres vivos. Interessante, né? E vocês fazem parte de que grupo: do que acredita que o vírus é um ser vivo ou do que acredita que ele não é um ser vivo?

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